Sinopse
O aumento da população urbana e o crescimento das cidades é um fenômeno verificado globalmente. O século XXI é popularmente conhecido por ser o “século das cidades”. Disto decorre a emergência de áreas do conhecimento que tratam a questão da sustentabilidade, resiliência e colapso nas cidades, e o impacto desta nova configuração terrestre sob os recursos naturais, a qualidade e condição de vida de seus habitantes. Atualmente no Brasil mais de 80% da população vive em áreas urbanas (IBGE, 2010), no entanto, as cidades são um local potencial de geração e conservação de energia ignorado pela Política de Planejamento Energético vigente no país. Tal planejamento ocorre historicamente de forma centralizada e possui uma visão ofertista, buscando sempre investir em novos empreendimentos para conversão e oferta crescente de energia. Nessa conjuntura, o planejamento urbano e as políticas de regulação do uso e ocupação de solo podem, em tese, auxiliar na compatibilização do uso racional dos recursos de forma a evitar ociosidade ou sobrecarga da infraestrutura disponível. A infraestrutura urbana é pré-requisito básico físico e organizacional necessário para o adequado funcionamento de uma cidade ou área urbana. As características espaciais da infraestrutura urbana, tais como: infraestrutura de saneamento ambiental, habitação, energia, telecomunicações e mobilidade, influenciam os padrões de consumo de energia. Nesse sentido, atualmente há um crescente reconhecimento da necessidade da expansão da atuação e foco da Política Energética tradicional. Pesquisas recentes pressupõem que associar o Planejamento Urbano ao Planejamento Energético pode incorrer em ganhos em termos de eficiência energética, conservação de energia, diminuição dos Gases de Efeito Estufa e na possibilidade da promoção da geração distribuída. O objetivo deste projeto de pesquisa é o de definir uma metodologia e avaliar a viabilidade da integração do Planejamento Urbano ao Planejamento Energético na escala das cidades. Para tanto, a proposta metodológica da pesquisa esta divida em três fases com distintos procedimentos e métodos de pesquisa, dos quais se destacam: Fase 1) Embasamento Teórico, que será desenvolvido através de Revisão Sistemática; Fase 2) Coleta e análise de dados, com a utilização do software LEAP, e Fase 3) Análise dos resultados e conclusões.