Amazônia: A antiga e Atual Fronteira Hidrelétrica do Brasil

Data: 
quarta-feira, 14 Maio, 2014 - 14:00 até 17:00

O Instituto de Energia e Ambiente - IEE/USP em conjunto com o Grupo de Pesquisa em Meio Ambiente e Sociedade do IEA/USP e o Grupo de Pesquisa em Planejamento e Gestão Ambiental - PLANGEA/EACH/USP realizaram o Seminário AMAZÔNIA: A ANTIGA E ATUAL FRONTEIRA HIDRELÉTRICA DO BRASIL, no dia 14 de maio de 2014, na sala de eventos do Instituto de Estudos Avançados, IEA/USP.C

Os trabalhos foram coordenados por Evandro Mateur Moretto, Coordenador do PANGEA/EACH/USP e do IEE/USP. Foram palestrantes do evento: Célio Bermann, IEE/USP e Latin American Studies Institute - LLILAS, University of Texas at Austin; Gustavo Tosello Pinheiro, The Nature Conservancy - TNC; João Andrade, Instituto Centro da Vida - ICV e Pedro Bara Neto, Grupo de Estudos do Setor Elétrico - GESEL/UFRJ e do PANGEA/EACH/USP.

O evento trouxe reflexão sobre o retorno dos grandes projetos hidrelétricos na região da Amazônia brasileira, a qual contrasta entre a sua criticidade socioambiental e o enorme potencial hidrelétrico ainda presente, o qual representa cerca de 51% de todo potencial hidrelétrico brasileiro, considerando o conjunto das regiões hidrográficas do Amazonas e do Tocantins. Dentre os diversos pontos tratados nas apresentações e debates, deu-se destaque à necessidade dos processos de planejamento dos projetos hidrelétricos passarem a considerar também os eventos climáticos extremos de tal forma a evitar cenários como aquele resultante da abertura das comportas das usinas do rio Madeira para deixar passar a maior vazão da história do rio, no rastro de milhares de desabrigados à montante e à jusante dos barramentos. Também discutiu-se o excesso de condicionantes do licenciamento ambiental de grandes usinas hidrelétricas na região, o que pode ser interpretado como resultado de um processo ineficaz de tratamento dos impactos ambientais dos empreendimentos no momento do planejamento dos projetos, ou ainda ser a demonstração clara de que a Availação de Impacto Ambiental e o Licenciamento Ambiental possam estar recebendo demandas que muitas vezes são alheias ao escopo destes instrumentos e que deveriam ser observadas por outras escalas de planejamento. Este último, pode ser o indicativo da necessidade de integração das diversas escalas de planejamento regional e local à demanda de projetos hidrelétricos para a região, como destaque para Avaliação Integrada de Bacia Hidrográfica e Avaliação Ambiental Estratégica.

Apoiaram a realização do evento: FAPESP, The Nature Conservancy - TNC, Instituto Centro Vida - ICV e Associação Brasileira de Avaliação de Impacto - ABAI.

Vídeo do evento em: http://www.iea.usp.br/midiateca/video/videos-2014/amazonia-a-antiga-e-at...