AGRENER 2015 movimentou o setor de geração distribuída

10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural
As energias renováveis tem aumentado sua participação na matriz energética nacional nos últimos anos

Fontes como energia solar, eólica e principalmente a biomassa, tem sido temas de fóruns, discussões e debates, visando incentivar e ampliar a participação de fontes limpas e renováveis para geração de energia.
Nos dias 11 a 13 de novembro, o 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural – X AGRENER GD 2015, reuniu alguns dos principais especialistas do setor de energias renováveis do cenário nacional, para juntos, discutirem os rumos, dificuldades, e o futuro da geração de energia por fontes renováveis no Brasil.

O evento aconteceu na cidade de São Paulo\SP, na Universidade de São Paulo (USP).

O presidente da FAPESP, José Goldemberg, fez a palestra de abertura, que deu início aos trabalhos.
Especialistas como, Zilmar Souza (ÚNICA), Ricardo de Gusmão Dornelles – MME, José Dilcio (EMBRAPA AGROENERGIA), entre muitos outros renomados palestrantes, fizeram apresentações que foram seguidas de debates, com perguntas feitas pela plateia.

Gusmão Dorneles do MEE, comentou sobre a inclusão do biodiesel nos planos para diminuir as emissões de gases no efeito estufa, que serão apresentados pelo governo brasileiro no COP 21. A principal ação neste sentido será o aumento percentual do biodiesel no diesel, percentagem esta ainda não definida. Ainda segundo Dornelles, eventos como o AGRENER são importantes e relevantes, para discutir ideias que ajudem o setor a avançar cada vez mais.

Quando se fala em geração de energia por Biomassa, todos sabem que uma das grandes forças é a geração que vem do setor de cana-de-açucar. Segundo Zilmar Souza (ÚNICA), em 2014 a energia gerada por esta fonte, abasteceu cerda da 10milhões de famílias, isto sem citar a energia produzida para abastecer o setor sucrenergético, o qual é alto suficiente gerando sua própria energia.

Segundo Zilmar o governo federal vai apresentar no COP 21, o projeto de até 2030 ter as fontes renováveis (BIOMASSA, SOLAR E BIOMASSA), aumentando sua participação na matriz elétrica nacional, de 10% para 23%. Um ponto fundamental para o sucesso deste projeto, será a definição de como cada fonte pode contribuir para alcançar estes números, finaliza Zilmar.

Todos os palestrantes e coordenadores, foram unânimes em dizer, que o problema energético só não é maior, por que o país esta estagnado nos últimos 2 anos. Caso estivesse crescendo, com certeza teríamos sérios problemas para atender a demanda, e isto levaria a diversos apagões.

No plano do governo federal, a cada 3 anos, novos projetos que representassem a energia gerada por uma ITAIPU, teriam que ser inseridos na matriz elétrica para acompanhar o crescimento industrial, também como aumento no consumo nas residências dos brasileiros. Estes projetos normalmente são contratados com bastante antecedência e preparados para serem preparados e adaptados as necessidades.

O evento teve diversas apresentações do setor acadêmico, professores, alunos graduados, tiveram a oportunidade de apresentar seus estudos e pesquisas para avaliação de um comitê, que vai escolher os melhores projetos, e estes serem divulgados em Revista especializada.

Para a coordenadora do evento, Suani Teixeira Coelho, apesar de já ter organizado vários seminários anteriormente , a organização do Agrener foi um desafio adicional pelo porte do mesmo.
Ao final podemos fazer uma avaliação positiva pois tivemos mais de 110 trabalhos técnicos e 45 palestrantes convidados de várias instituições relevantes na área de energia no meio urbano e rural. Esperamos ter Contribuído para a divulgação das ERs como importante fonte para a geração descentralizada

Este evento não teria sido possível sem o patrocínio da Fapesp e da Capes, além do patrocínio de empresas como o Grupo Segurador BB-Mapfre e da Carbogas, além do apoio de várias instituições acadêmicas como o PRH-4, a Escola Politécnica da Usp e o NIPE/Unicamp, e de parceiros como a Biomassa BR, a Única e a Abiove.

Fonte: Biomassa BR